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Ciência Política, Eder Silva

A ASCENDÊNCIA DOS SOCIOPATAS NO GOVERNO DOS E.U.A. – PARTE 2

Escrevi recentemente um artigo que se refere ao tema dos sociopatas e como insinuam eles mesmos na sociedade. Ainda que o sujeito não fale diretamente qual ação você deva comprar ou vender para aumentar sua riqueza, acredito que isto seja crítico para o sucesso nos mercados. Seria uma longa conversa para explicar o que se passa na cabeça de pessoas como Bernie Madoff e, portanto, como você pode evitar de ser atingido por pessoas como estas.

Mas existe muito mais nesta história. Nessa altura, parece que a sociedade está sendo capturada por clones do Madoff. Se isto for verdadeiro, as consequências podem não ser muito boas. Portanto, o que eu quero fazer aqui é tentar ir um pouco mais a fundo no centro da psicologia anormal e ver como isto se relaciona a economia e em qual direção o mundo está caminhando.

Se eu estiver correto em minha avaliação, isto implicaria que os prospectos são baixíssimos para os investimentos convencionais – em maioria, ações, CDB’s, tesouro nacional e mercado imobiliário. Estes tendem a uma boa performance quando a sociedade está  crescendo e em prosperidade. E prosperidade é estimulada pela paz, baixos impostos, pouca regulamentação e uma moeda confiável. É também promovida por uma atmosfera cultural onde sociopatas são excluídos dos postos de poder, e idéias morais e intelectuais promovem mentes livres, e o mercado livre domina. Infelizmente, este cenário parece não descrever a tendência atual na qual o mundo de um modo geral, e os EUA em particular, estão embarcando.

Na verdade, estamos cada vez mais caminhando em direção à falência econômica e financeira. Mas isto é principalmente porque a sociedade como um todo está falida intelectualmente e moralmente há algum tempo. Não acredito que uma sociedade possa alcançar prosperidade real sem uma base intelectual e moral sólida – por este motivo que os EUA foi unicamente próspero por tanto tempo, porque havia esta base sólida. E é por isso também que sociedades como Arábia Saudita irá entrar em colapso tão logo os fatores exógenos que a suportam sejam retirados. Por isso a USSR entrou em colapso. Por este motivo que países em todos os lugares através dos tempos alcançam um pico (se é que alcançam), então ficam estagnados por um tempo e logo declinam.

Isto não é uma questão de contemplação acadêmica, pela mesma razão que não interessa se estamos em uma cabine de primeira classe quando o navio está afundando.

A economia e o mal

Quando era um aluno do segundo ano na faculdade, perguntei ao meu pai – um homem muito sábio, porém, de poucas palavras – sobre algumas questões cósmicas, como é comum aos jovens, nesta fase, fazer. Sua resposta foi, “é tudo uma questão de economia”. Alguns meses depois fiz outra pergunta similar a ele. Sua resposta foi, “é tudo uma questão de psicologia”. Estas respostas foram insatisfatórias no momento, mas aquelas respostas simples ficaram na minha cabeça. E desde então cheguei à conclusão que elas compreendem a maioria do que rege as ações humanas.

Vamos dar uma olhada breve em “uma questão de economia”, porque este tema é discutido em maior profundidade em outro texto e porque não é nem de perto tão importante quanto “uma questão de psicologia”.

Uma definição de economia é: O estudo de quem consegue o quê, e como, no mundo material. Infelizmente, ela foi distorcida ao longo dos anos no estudo de quem determina quem consegue o quê, e como, no mundo material. Em outras palavras, o poder econômico foi gradualmente transferido dos produtores para os alocadores políticos. Isto teve resultados ruins e previsíveis, incluindo não apenas a falência do governo dos EUA, mas também de grandes segmentos da sociedade deste país.

Mas o que está acontecendo hoje é muito mais sério que uma falência econômica; você pode se recuperar de problemas econômicos cultivando melhores hábitos. Estamos falando de falência espiritual e psicológica. A palavra psicologia vem de psique, a qual em grego significa para o espírito. Quando você olha para a origem da palavra, fica claro que a psicologia é muito mais do que apenas peculiaridades da mente. Não é apenas sobre o que uma pessoa tem ou o que faz. É sobre o que ela é. A essência real de uma pessoa, sua alma, é revelada por sua filosofia e suas crenças.

Em qualquer evento, é raro que qualquer um entre em falência por apenas uma única má decisão. É necessário várias falhas, e más decisões constantes não são acidentes. Más decisões constantes são produto de uma filosofia moral falha. Filosofia moral guia você entre o que é correto e errado. A filosofia moral prevalecente se degenerou tanto que os americanos acreditam que está tudo bem em invadir outros países que não apenas não atacaram os EUA, mas não podem nem ameaçar a atacar. Não estou falando apenas do Afeganistão, Iraq ou Libia – não entidades lamentáveis do outro lado do mundo. Eles foram precedidos por presas ainda mais fracas, mais pertos de casa, como Granada, Panamá, Haiti e República Dominicana. Não apenas isto, mas eles acreditam que coerção deve ser usada para roubar riqueza das pessoas que a produzem, e dá-la àqueles que não fizeram absolutamente nada para merecê-la.

É difícil de apontar o momento exato em que a falência moral dos EUA começou; talvez o Alien draconiano e o Sedition Acts de 1798 foram o primeiro rompimento na armadura ética do país – mas eles foram rapidamente repelidos e subsequentemente servidos de exemplo por muitos anos do que não se deve fazer. Existiam problemas reais de moral que cresceram por causa da guerra mexicana, guerra entre os Estados e as guerras dos índios. Houve tentativas no início de criar um banco central, mas felizmente elas falharam. Mas acredito que a verdadeira mudança na direção veio com a guerra hispano-americana, a qual resultou no desenvolvimento de um império no exterior, particularmente nas Filipinas onde 200.000 nativos foram mortos. Como Randolph Bourne disse: “Guerra é a saúde do Estado”.

Então veio a criação do Banco Central (Federal Reserve) e o imposto de renda em 1913, ano de pouca sorte, o que tornou possível financiar a entrada sem justificativa do país na Primeira Guerra Mundial. A partir daí, com o novo acordo (New Deal), Segunda Guerra Mundial, a Grande Sociedade (Great Society), Vietnam, e assim sucessivamente, os EUA desceu gradualmente até se tornar agressivamente um Estado de auxílio social e baseado em guerra. Agora tem uma política governamental declarada de inflacionar a moeda, o que constitui fraude, e aumentando a dívida nacional, o que é uma falcatrua porque nunca será paga.

Os EUA não são o primeiro a começar com a falência moral e seguir em direção à queda da economia. Em todos os exemplos que a história nos mostra, a falência econômica e tirania política são invariavelmente precedidas pela falência moral. É ruim o suficiente que estas coisas tenham acontecido. Mas é ainda pior que elas tenham sido celebradas e ensinadas aos estudantes como triunfos. Isto garante que esta tendência acelere em direção a um desastre real. A maioria das pessoas aceita o que lhes é ensinado na escola sem criticar.

O padrão não é secreto para os historiadores. Machiavelli citou em seu livro Histórias Florentinas (1532): “Pode ser observado que as províncias, entre as vicissitudes as quais estão acostumadas, passam da ordem para a confusão, e posteriormente passam para o estado de ordem. A maneira de o mundo não permitir as coisas seguirem um curso contínuo. Assim que elas chegam a sua maior perfeição, elas começam a declinar. Assim sendo, tendo afundado ao seu maior estado de depressão, sem condições de descer mais, elas necessariamente voltam a ascender. Do bem, declina naturalmente ao mau. Valor produz paz, e paz repouso; repouso, desordem; desordem, ruína. Da ruína volta à ordem, e da ordem virtude, e daí para glória e boa sorte.”

Aqui não é o lugar para desconstruírmos Machiavelli, mas ele mostra-nos alguns pontos que valem a pena considerarmos. Realmente “o bem…. declina naturalmente para o mau”? Na política (o que é o seu assunto) isto acontece, porque a política necessariamente atrai pessoas más, e o mal necessariamente traz ruína. Então a ordem se restabelece sozinha, porque as pessoas não gostam do caos. E da ordem vem a virtude, e desta, boa sorte. Machiavelli está certo, a virtude traz sorte, e o mal traz ruína. Acredito que para Machiavelli estaria claro que nos EUA a virtude está desaparecendo e o mal está em ascensão. E ele iria prever que as coisas não iriam melhorar até que “atinja o fundo do poço, sendo impossível descer mais, para só então voltar a melhorar.”

Em geral ele está correto. Porém algumas vezes a sociedade demora algum tempo para restabelecer. Após o colapso de Roma, a civilização real não retornou ao Oeste até o Renascimento Italiano, período em que Machiavelli viveu. Curiosamente, a cultura na Itália iniciou um rápido declínio nos anos 1490s, e a península se tornou um fim do mundo por séculos. Você pode argumentar que a Itália ainda está em declínio. Talvez isto apenas tenha algo a ver com entropia: todos os sistemas complexos eventualmente vão abaixo, nenhuma chama pode queimar para sempre. Mas isto é outro assunto. Teria sido bom, entretanto, se pudéssemos manter a chama dos USA queimando por mais tempo do que é o caso real.

Falência Moral e Intelectual

Um elemento da falência moral é a falência intelectual, para melhor entender, a crença na efetividade do estadismo e coletivismo. Esta é uma razão pela qual eu aconselho jovens que estão considerando ingressar na faculdade (a não ser que seja para adquirir conhecimento cientifico específico como: engenharia, medicina ou afins) para fazer algo mais inteligente com o seu tempo e dinheiro. O sistema de educação superior é totalmente controlado e povoado por instrutores moral e intelectualmente falidos que são crentes no socialismo.

Dizem que Obama é socialista. Não duvido que ele seja amigo do socialismo, mas, para ser honesto ao significado real das palavras, ele é fascista.

Vamos definir estes termos e outros dois com um pouco de ajuda de Karl Marx. Suas soluções recomendadas são parte dos problemas do mundo, mas sua análise das condições foram, geralmente, bastante astutas. Como Marx apontou, os sistemas políticos são todos sobre a propriedade e controle dos bens, tanto bens de consumo (casas, carros, roupas, escovas de dentes) ou bens de capital (fazendas, fábricas e outros meios de produção). Ainda que ele não tenha dividido desta maneira, suas análises nos dá quatro sistemas econômicos possíveis – Comunismo, Socialismo, Fascismo e Capitalismo.

Um comunista prega propriedade e controle estatal de todos os meios de produção e bens de consumo. Isto é impossível na prática, claro, até mesmo nos grupos aborígines mais primitivos. A idéia é ainda mais absurda e ilógica para uma sociedade industrial. Mas isto não deixa os professores e políticos de pretender que seja uma boa idéia, ainda que apenas em teoria.

Um socialista prega propriedade estatal dos meios de produção, mas aceita propriedade privada (com controle estatal) dos bens de consumo. Enquanto é uma grande melhora sobre o comunismo, o socialismo é também completamente impraticável e sempre entra em colapso ou evolui para o fascismo. A Coréia do Norte e (agora em um grau menor) Cuba são os únicos Estados socialistas.

Um fascista prega a propriedade privada nominal de ambos, os meios de produção e bens de consumo – mas com um forte controle do Estado sobre ambos. Em outras palavras, você pode ter a propriedade de minas, fazendas e fábricas – mas o Estado reserva o direito de cobrar impostos, regulamentar ou até mesmo expropriar estas propriedades. Fascismo não tem nada a ver com espíritos totalitaristas ou uniformes pretos; você pode ter estes nos Estados comunistas ou socialistas. Isto tem a ver com um Estado corporativo e uma porta giratória entre negócios e governo, com cada qual protegendo e enriquecendo um ao outro. O fascismo também pode ser mantido por um longo período de tempo, mas necessariamente emprega todos os problemas que nós encaramos hoje. Quase todos os Estados do planeta hoje são fascistas; diferem apenas em grau e detalhe.

Um capitalista prega a propriedade privada de tudo. Um capitalista extremo pode ser um anarquista, que acredita que qualquer coisa que uma pessoa precise ou queira, deva ser e seria providenciado por empresários que obteriam um lucro sobre o produto ou serviço.

Nenhum país tem um exemplo perfeito de nenhum destes quatro exemplos de sistemas. Mas todo governo promove um ou outro como um ideal teórico. Na maioria dos lugares, certamente incluindo os EUA, a “economia mista” é posta a frente como algo bom; a “economia mista” é uma maneira educada de descrever o fascismo. Ninguém quer chamar o fascismo por seu nome por sua forte associação com os “Socialistas Nacionais” de Hitler. De qualquer situação, observe e analise de perto antes de usar estas palavras e dar qualquer uma das quatro denominações a qualquer país.

Sob esta luz, é cômico como os chineses ainda são denominados como comunistas, ainda que o comunismo tenha sido tentado apenas por um curto período de tempo, sob o governo de Mao. De fato, até a metade dos anos 80, a China era um Estado socialista. Agora é um Estado fascista. O partido comunista chinês? É apenas um esquema para permitir aos seus membros viver com todos os confortos e regalias possíveis.

A Suécia costuma ser definida como socialista, mas sempre foi um país fascista. Todos os seus meios de produção – negócios, fábricas, fazendas, minas…. – foram sempre de propriedade privada, mas com incidência altíssima de impostos e regulamentações. A presença de tantos serviços públicos “grátis” é incidental. As pessoas costumam misturar auxilio do governo com socialismo, mas são duas coisas diferentes. Os Estados socialistas necessariamente se tornaram muito pobres para providenciar qualquer auxilio a população. Estados fascistas têm condições melhores de financiar auxilio a população e geralmente oferecer algo para ajudar a justificar as depredações custosas e irritantes do governo.

Não existe um Estado verdadeiramente capitalista no mundo atualmente; talvez, Hong Kong chegue o mais perto (porém não muito perto). No início, os EUA chegaram bastante perto em alguns pontos. De fato, o Oeste como um todo era bem livre no século entre a queda de Napoleão em 1815 e o início da primeira guerra mundial em 1914. Quase em todos os lugares os impostos eram baixos; não existia inflação porque o ouro era a moeda corrente em todos os lugares; praticamente não existiam guerras, e passaportes eram raros, o que permitia praticamente todos a viajar a qualquer lugar sem permissão. Não é por acaso que em termos percentuais no século 19 houve o maior avanço em prosperidade de qualquer outra época, antes ou depois. O capitalismo é ambos, natural e ideal – mas, estranhamente, não existe em lugar algum. Porque não? Irei explorar esta questão em breve.

Um sinal de corrupção intelectual nos EUA é a ausência de uma discussão séria sobre o capitalismo (exceto em pequenos e especializados fóruns). Praticamente todos os debates políticos são sobre como melhorar o sistema fascista para melhor atender aqueles que se beneficiam dele – quem pensa se beneficiar dele. Quase todas as pessoas, sob o olhar público, é um político estadista e um econômico coletivista. Aqueles que começam a atacar o cerne do problema, como Andrew Napolitano ou até mesmo Pat Buchanan, são rapidamente expelidos de seus púlpitos de poder.

Na realidade, existe pouca diferença entre os “Republicratas” e os “Demopublicanos”; eles são apenas dois lados do mesmo partido. O lado esquerdo do partido diz acreditar na liberdade social (mas na verdade não acreditam) e desacredita abertamente na liberdade econômica. O lado direito diz acreditar na liberdade econômica (mas não acredita), e desacredita abertamente na liberdade social. O lado direito usa a retórica mais agressivamente para construir o Estado de Guerra, e o lado esquerdo fala mais sobre o Estado de benefícios sociais. Mas a diferença real entre eles é minúscula. Isto porque eles compartilham das mesmas visões morais e intelectuais corruptas.

O que fez os EUA únicos foi a sua fundação em uma filosofia de liberdade. Esta palavra, entretanto, tem se tornado tão corrupta que o “Bush” mais novo conseguiu usá-la 24 vezes em alguns de seus discursos iniciais sem ser debochado no palco ou se tornar alvo de sapatos, tomates e legumes pobres. Perversamente, mas previsivelmente, Bush é hoje apresentado nos principais meios de comunicação como um defensor do mercado livre, para apontar a culpa da atual depressão no mercado livre. Isto é tanto uma piada como dizer que o presidente Hoover foi um defensor do mercado livre. Somos forçados a termos um pouco de respeito pela honestidade intelectual de Obama, nisto ele quase nunca fala de “Liberdade”.

Mas apontando o estado triste do mundo hoje ajuda em pouco. É raro que um argumento intelectual mude a mente de alguém. Opiniões são, na maioria, uma questão de psicologia. Mas é quase impossível a psicologia de alguém e a atitude com a qual ele vê o mundo, simplesmente apresentando fatos e argumentos. As crenças de uma pessoa têm muito a ver com o seu caráter e essência espiritual do que qualquer outra coisa.

Você ouvirá alguns candidatos nas próximas eleições falar sobre “Excepcionalidade Americana”. A frase faz me encolher de medo por ser tão anacrônica. Em primeiro lugar, a América foi apenas incidentalmente um local, uma peça da geografia. Em essência, a América foi uma idéia, e por sinal, ótima, que foi única na história da humanidade. Mas agora se tornou apenas nos EUA, que essencialmente não é diferente das outras 200 nações que cobrem a face do planeta como uma doença de pele.

Na verdade é engraçado ver o quão rápido e profundamente as coisas mudaram nos EUA. Antigamente, nos anos 50 e 60, as crianças costumavam dizer, quando um de nós fazia algo que os outros não aprovavam, “Ei, este é um país livre”. Aposto que você não tem ouvido esta expressão por muitos anos. Já nos anos 70, costumávamos ter uma piada: “A América nunca terá campos de concentração; chamaremos de outra forma”. Guantánamo, e os centros de detenção da FEMA (Agencia Federal de Administração Emergencial), são prova que no final das contas isto não era uma piada.

É tudo uma questão de psicologia de massa, a que podemos chamar de uma aceitação moral do coletivismo e estadismo. Estes sistemas na verdade não são sérias propostas intelectuais, ainda que seja doutrinada em quase todas as universidades no mundo ocidental. Elas são desordens psicológicas e espirituais em grande escala.

É importante ter um entendimento intelectual de porque a liberdade é boa e o coletivismo é ruim, porque a liberdade funciona e o governo não. É importante – mas não atinge a raiz do problema. A raiz do problema é psicológica e não intelectual. Você pensa por um momento que se pudesse deixar Dick Cheney, Barack Obama, Hillary Clinton ou qualquer outro sociopata que controla o Estado, sentados, e fazê-los ouvir a argumentos inteligentes, mudaria as suas atitudes? As chances disto acontecer são praticamente nulas.

Por que estou tão certo disto? Não é porque estas pessoas têm níveis de QI baixos ou não conseguem entender os argumentos. É porque a maioria destas pessoas nos altos níveis de governo são sociopatas. Eles são suscetíveis a argumentos lógicos contra um Estado de polícia no mesmo grau que um gato pode ser convencido de não atormentar o rato antes de matá-lo. Pessoas como Barack Obama, Hillary ou Cheney – o que quer dizer a maioria das pessoas com poder verdadeiro em Washington e qualquer outro governo – faz o que eles fazem porque é a natureza deles. Eles são tão frios, sem emoções e predatórios quando os répteis ainda que pareçam como humanos.

Você pode pensar que estou brincando ou exagerando para causar impressão, porém não estou. Dizem que o poder corrompe, e isto é verdadeiro. Mas tem mais nisto a ser dito; pois os corruptos buscam o poder. Um bom caso pode ser feito que qualquer pessoa que queira uma posição de poder deveria ser banida pelo simples fatos de querer isto. Como uma questão puramente prática, os EUA estariam muito melhor – assumindo que um congresso e um senado ainda sejam necessários – se seus 525 membros fossem aleatoriamente selecionados de uma lista dos pagadores de impostos. Porém isto é impossível no ambiente envenenado dos dias de hoje, porque isto deixaria metade da população – aqueles que apenas são beneficiados pelo governo e não pagam nenhum imposto de renda – inelegíveis. Este último fato simplifica mais uma confirmação que a situação do governo americano já passou do ponto de não retorno.

Existem várias maneiras de dividir as pessoas em duas classes: ricos/pobres, homens/mulheres, espertos/bobos, etc. Mas a partir da perspectiva de moralidade política, eu diria a dicotomia de maior utilidade deve ser pessoas que querem controlar o mundo material versus aqueles que querem controlar outras pessoas. Os primeiros são os cientistas, engenheiros, empresários; os seguintes são os políticos, burocratas, e os intrometidos. Adivinha qual grupo inevitavelmente – necessariamente – gravita em direção ao governo? E ainda devo adicionar, em direção às grandes corporações e a mídia. Grandes corporações são arenas políticas onde o maior premio é o poder econômico, e elas estão grandemente povoadas por traiçoeiros que dão um tapinha nas costas. A mídia é especializada em um tipo diferente de poder, manipulação de opinião; uma maneira que eles fazem é promover uma atmosfera de más notícias, ameaças, e paranóia geral para o qual apontam a necessidade de ação governamental. Governo, mega corporações e mídia é a tríade que está ditando as regras no mundo atualmente.

Estupidez

Você deve estar pensando: tudo bem; posso ver que Obama, Hillary ou Cheney podem ser maus. Mas e o Bush ou o vice presidente Biden, ou ainda o primeiro ministro Cameron do Reino Unido? Às vezes é difícil distinguir se estamos falando com um cafajeste, ou um estúpido. O estúpido faz coisas destrutivas que pode fazê-lo parecer cafajeste, tratante. E este pode fazer coisas estúpidas que podem fazê-lo parecer estúpido. Não é um erro acusar alguém de malevolência quando a parsimônia de uma explicação simplória pode indicar a estupidez como uma resposta mais provável? Eles parecem mais como estúpidos do que cafajestes. Tenha pena dos pobres estúpidos.

A estupidez pode certamente ser responsável por muitos dos problemas do mundo. Como Einstein disse, depois do hidrogênio, a estupidez é a coisa mais abundante no universo. Infelizmente a palavra “estupidez” é jogada com pouca importância, geralmente como um pejorativo, e então frequentemente por pessoas estúpidas. Vamos definir a palavra. É importante sermos precisos no uso das palavras, porque se não o é, como poderá dizer que sabe o que está dizendo? Uma falha em definir propriamente as palavras convida para um pensamento negligente.

Na maioria das vezes as pessoas usam “estupidez” para indicar baixa inteligência. É correto, mas é um sinônimo, não uma explicação. Portanto não é uma grande ajuda, porque não nos diz nada que já não saibamos. Observe quão estúpida é uma pessoa mediana, e então veja que, por definição, mais da metade do eleitorado está abaixo da média.

Um exemplo nos ajuda, e já que estamos falando de política, vamos escolher uma figura política bastante conhecida. George W. Bush foi presidente recentemente, o bastante que todos podem lembrá-lo claramente. Tenho sempre dito que Baby Bush era estúpido. Tecnicamente, acredito que seja praticamente um otário. Você pode ou não saber, mas um otário, um imbecil e um idiota não são a mesma coisa – ainda que em uso comum, as palavras sejam mais ou menos intercambiáveis. De fato, estes termos têm definições clínicas.

Brevemente, um idiota é tão incapaz que precisa ser internado. Um imbecil está um pouco acima disto; ele consegue levar uma vida normal com alguma ajuda. Um otário está melhor ainda. Ele consegue levar bem a vida diária na sociedade e até mesmo ser bem quisto e respeitado – quase como o personagem Chauncey Gardiner (que, como aconteceu, foi preparado para se tornar presidente) no filme Being There de Peter Sellers.

Um otário pode ter uma conversa sobre o clima, a situação das rodovias, esportes, programas de comédia, ou até mesmo, com alguma assistência – como o Bush provou – falar sobre economia e uma guerra. Bush parece razoavelmente normal, ainda que eu suspeitasse que ele tenha um QI de 90. Não estou dizendo isto apenas para ofender os fãs de Bush. Acredito que posso defender esta afirmação ainda que ele conseguisse pontuar acima de 100 em um teste padrão, mostrando-lhe algumas definições práticas de estupidez.

Deixe-me dar duas delas. Uma é: uma tendência inconsciente de auto destruição. Outra é: falta de habilidade de relacionar causa e efeito, e, portanto, antecipar as consequências de uma atitude. Eu sugeriria a você que praticamente tudo que Bush fez, quero dizer toda sua vida, mas principalmente durante seu mandato, se encaixaria precisamente nestas definições de estupidez.

Um otário pode ver as consequências diretas e imediatas das ações, ainda que as consequências indiretas e posteriores fujam do seu entendimento. Ao menos é um cínico, isto indicaria não apenas Bush, mas o eleitor mediano é propenso a ser não apenas um otário, mas um imbecil. Tal déficit de inteligência quase garante que veremos controles de todos os tipos – incluindo principalmente o controle do valor de câmbio – imposto durante o desenvolvimento da Maior Depressão. De fato, quando o próximo incidente do tipo do 11 de Setembro real ou imaginário acontecer, eles irão trancar os EUA como uma das prisões federais. Será como tenho criado o hábito de dizer, pior do que penso que será.

Mas a estupidez é claramente apenas uma explicação parcial da personalidade do Bush, assim como foi apenas uma explicação parcial para o Hitler. Por favor, não me entenda errado, Bush não estava na mesma classe do Hitler. Este foi um criminoso genial, mas criminosos, ainda que chamados de geniais, são basicamente estúpidos de acordo com nossas definições – eles apresentam uma tendência inconsciente a auto destruição. Quão estúpido foi Hitler em atacar a Rússia? Especialmente enquanto ainda tinha uma frente aberta com a Grã Bretanha? Quão estupido foi declarar guerra contra os EUA logo após os japoneses atacarem Pearl Harbor? Ou assassinar seis milhões de inocentes em campos de concentração? A lista é longa.

Stalin nos dá outro exemplo. Quão estupido foi Stalin em assassinar milhões dos fazendeiros mais produtivos quando a Rússia já estava com falta de alimentos? Quão estúpido foi liquidar metade do exército vermelho, os oficiais mais experientes logo antes da segunda guerra mundial? Ou Roosevelt, quão estupido foi jogar fora leite e matar grande parte da produção de gado para elevar os preços enquanto havia milhões passando fome? Quão estúpido foi impor altos impostos e várias novas agências regulatórias durante a metade da última depressão?

Um catálogo de estupidez destes e muitos outros líderes políticos enchem as bibliotecas. Como Gibbon disse, a história é pouco mais de coletânea de crimes, idiotices e falta de sorte da humanidade.

Existem vários tipos de inteligência – emocional, atlética, matemática e literária por exemplo. Uma pessoa pode ser um gênio em uma e um idiota nas outras. O mesmo se aplica a estupidez; ela se apresenta em vários sabores. Acredito que podemos afirmar que a liberdade cultiva a inteligência, porque ela recompensa a visão das consequências indiretas e de longo prazo das nossas atitudes.

Contrariamente, estadismo e coletivismo, restringindo a liberdade, tende a recompensar a estupidez. Lembre que os lideres políticos tendem a controlar outras pessoas; são astutos neste quesito, mas são basicamente estúpidos com relação ao resto da realidade. Ainda assim, sua perspicácia é suficiente para ganhar e manter o poder sobre os outros. As consequências diretas e imediatas deste poder politico são gratificantes para aqueles que o tem; entretanto, as consequências indiretas e posteriores são desastrosas para todos.

Mas espere. Parece que a estupidez está relacionada ao mal, o que é. Estupidez é a sinalização para o mal. É a razão porque geralmente leva algum tempo quando as coisas estão indo relativamente mal, para determinar se você está tratando com um cafajeste ou um bobo.

Nesta questão, Robert S. McNamara oferece algo em contrapartida a Bush. Quando você olha para os desastres que ele causou durante sua vida – quase destruindo Ford, depois quase destruindo os EUA com a guerra do Vietnam, e então causando um estrago imenso ao mundo com o Banco Mundial – pode-se dizer que ele é estúpido. De fato, ele tem um QI extremamente alto. McNamara aponta a fina linha que costuma separar a estupidez da maldade. Ele foi claramente um sociopata, mas ele foi tido com respeito entre a classe dominante. Henry Kissinger é um caso similar.

Maldade

Gostaria de sugerir que o que realmente distingue a elite política das pessoas normais não é apenas uma predileção pela estupidez, mas uma capacidade real para a maldade. Esta pode ser melhor definida como uma série de atos de crueldade e injustiça geralmente intencionais e desnecessários. Uma pessoa que comete vários atos de maldade é um sociopata. Estes que são naturalmente puxados para o governo acabam dominando-o. Eles são pessoas muito perigosas. Eles redefinem a moral social do país que controlam. Após um certo ponto, uma massa crítica é alcançada, e o jogo acaba. Acredito estarmos chegando a este ponto.

 [Os EUA – e muitos outros países – encaram problemas graves. Entretanto, para o investidor contrário e preparado, estes problemas significam grandes oportunidades].

Eder Silva é turismólogo (UP) e gestor da informação (UFPR). Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.

Sobre Eder Silva

Outsider por natureza, católico de coração e protestante em pensamento. Mas absorto em pensamentos e ideias livres de institucionalismos.

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