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Eder Silva, Política e Sociedade

Eleições 2018: duelo dos MITOS e a politicagem dos MEDOS

Eleições 2018

Votei no capitão

Não com orgulho

Mas com convicção

Nunca imaginei que,

Com todo cuidado,

Para cuidar do brasil

Seria necessário benzetacil.

Ninguém gosta dela.

É dolorida, humilhante;

Mas expurga do corpo

Microorganismo nocivo e ambulante!

Falo isso com certo cuidado

Pois o povo está iludido e desviado;

Mergulhado num oceano dividido

Refém de projeto maléfico político.

Mas há uma luz no fim do túnel

Que brilha e se apaga conforme nossa imaginação

Quem sabe o Brasil volte a brilhar como nação,

Ou continuaremos seguindo ladeira abaixo, como funil!

Sofrimento desnecessário, latente desilusão…

(por mim mesmo)

Três ângulos de uma mesma forma geométrica: em um extremo, a simbiose dicotômica socialista totalitária, dotada de propostas libertinas, carregadas por uma mula sem-cabeça; noutro extremo um projeto mitológico propagado por um ser messiânico que propõe um conservadorismo de retorno às tradições; não se sabe quais tradições, porém, é a propaganda que se faz. E, num terceiro lado, menos assimilado, mas aderido pela inteligentsia (maioria composta do meio acadêmico e isentões compostos predominantemente por atores do funcionalismo público): ressurge das caatingas cearenses, em mais uma saga eleitoral, a saber: o cangaceiro antimilitarista que promete sufocar o judiciário e sabotar o que ainda resta das forças armadas. Tá aí um cenário imaginado para um país à beira de um cataclismo ideológico. E, no meio disso tudo, uma população disforme, confusa e catatônica. Sem contar os oportunistas simpatizantes, é claro.

Terra de conluios, terra do “deixa que eu deixo”! Terra do faz de conta que nunca acontece: “Faça de conta que eu mando; faça de conta que tu obedeces…”; Uma casagrande no meio de incontáveis senzalas. Berço habitado por demagogias destiladas, com pitadas de hipocrisia! Medo e miséria… pobreza e conformismo. Assistencialismo e oportunismos! Tudo isso, salpicado com o mais puro óleo de peroba e doses generosas de vitimismo. Tá aí um Brasil com seus paradoxos, com seus inúmeros brasis e brasões, no caminhar da nova idade média, ou talvez, nova idade mídia, que de nova já não tem praticamente nada.

Voltando ao cenário político, ressurgem aos montes coronelismos forjados à base de uma “demongracinha” onde o SUFRÁGIO universal é a ferramenta que nos leva ladeira abaixo, rumo ao progressivo SOFRIMENTO! Sofrimento desnecessário, pois haveria chances de reduzir sua dor, pelo menos por pouco tempo…

Mas parece que vivemos um masoquismo coletivo, onde a miséria e a dependência química e espiritual às demagogias erigidas sob estandartes de uma “republiqueta mal resolvida” teimam subsistir. Difícil seria imaginar o contrário! Mera decadente degenerescência. Isso pra não dizer outras coisas mais lamentáveis.

Povo disforme, sem cheiro e sem gosto. Aliás, pelo contrário, com seus muitos cheiros e com seus inúmeros gostos e aromas, beirando asco; parecendo um metrô repleto de gentes com todas as janelas fechadas e embaçadas pelos bilhões de hálitos e germes. Todos misturados e poluídos, corrompidos!

Mas esse desenho representa apenas a inquietação de um outsider nauseabundo, seguida por uma ressaca de inconformismos! Posso ver turvamente, posso exagerar no diagnóstico, ou até mesmo errar por completo. Porém, ao ver um Brasil polarizado, onde aqueles que deveriam votar contrariamente à posição de uma proposta utópica e doutrinadora de misérias viciantes, regada de populismo que aguça mais ainda irresponsabilidades individuais; pelo contrário, inexplicavelmente, escolhem permanecer no cabresto daqueles que compram a honra que ainda lhes resta. Tudo isso à preço de uma bandeira cor de sangue derramado no curral.

Penso e logo insisto: Nelson Rodrigues tinha razão! Ele, o freudiano inigualável, que descreveu o espírito masoquista do brasileiro, principalmente nas capitais, nas periferias… Ontem foi um dia indecifrável! Como diria o Lobão (aquele ex-esquerdista desiludido): “indefinível…mas não tente se matar, pelo menos essa noite não”. Não me matei! Suportei, mesmo à duras penas… Estou aqui, atazanando as indecisões e, por quê não, as decisões de você, indecifrável e indefinível leitor/eleitor!

Verdade é que teremos mais duas semanas pra escolher nossos “malvados favoritos”. Se é que isso, de fato funciona nessa caricata demongracinha. De um lado o Messias, de outro a mula sem-cabeça. Ou aquele que promete espingardear todo alvo pintado de vermelho- populista; ou aquele que foi escolhido para carregar a carga assistencialista irresponsável, fomentadora e financiadora de misérias. Tomara que o medo não venha decidir novamente nossos próximos quatro anos.

Como diria o Zé Ramalho: “que nas torturas, toda carne se trai”…” o casamento, o rompimento, o sacramento, o documento como um passatempo quero mais te ver. Oh, com aflição!”

Então, “aflitos e quase fritos”, aguardemos novas notícias no front dessa gigantesca e quixotesca palhaçada continental chamada sufrágio universal das inconsciências.

Fontes:

Postagens fidedignas recebidas pelo whatsapp, facebook, youtube e outras mídas bastante tendenciosas, mas ainda não controladas pelo Estado Paternalista.

E também algumas mortíferas e contaminantes heresias irrestritamente por mim propagadas, aguardando o calabouço e a forca. Viva la Republiqueta Tupiniquim!

Eder Silva é mestre em Teologia (PUCPR); especialista em Sociologia Política (UFPR); bacharel em Turismo (UP) e Teólogo (FCC) e blogueiro nas horas vagas. Este artigo reflete as opiniões do autor. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações

Sobre Eder Silva

Outsider por natureza, católico de coração e protestante em pensamento. Mas absorto em pensamentos e ideias livres de institucionalismos.

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